quarta-feira, 29 de setembro de 2010

III Seminário de Pesquisa em Mídia-Educação

Quando se tem como formação o cinema e quando se faz um mestrado em educação, voltado para o cinema, o que se espera de um evento em mídia-educação, é a presença das mídias.

Auditório da Educação Física, abertura lotada de interessados, telão, vinheta, apresentação musical. Falas engajadas, amadas, odiadas, mas sábias.

Segundo alguns, a "nata" da pesquisa em mídia-educação estava presente, porém como participante-assistente, esperava mais.

Mais mídia.
Mais imagem.
Mais demonstração que fala.
Mais domínio que discurso.

Aquela estrutura de sempre se manteve: palestrantes atrás de uma mesa/cadeira, alguns slides no powerpoint, letra preta em fundo branco, e longas considerações.

De uma abertura cheia, nem metade permaneceu de tarde e igual ou menos, no dia seguinte.
Dois dias, uma proposta interessante, uma tal "nata" presente que não foi ruim, mas podia ser melhor, devia ser melhor.

Acredito que a transformação em mídia-educação (educação para, com e sobre os meios) só poderia ocorrer quando aquele que se propõe a pesquisar for exemplo e deixar de apenas citar exemplos.

Enquanto houver professores que apenas falam como fazer, os alunos continuarão apenas falando como fazer e o "fazer" deixará de ser uma prática para existir só na fala.

Sei que foi escolha de alguns não fazer uso de mídias, mas ainda assim, devia fazer.

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