quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Barthes...

Terça-feira nublada. Tarde de Barthes.
Corpo presente, mente ausente.
Não sei ao certo aonde estou.
Nem aqui ou ali, só não estou.
A mesma fala monótona.
O mesmo silêncio de sempre.
Quando não falo, pouco me envolvo.
Quando me privo, sinto vazio.
Sem experimentar ou falar-escrever, não leio.
Sem experiência sensível: silêncio!
Barthes querido, me desculpe, mas cansei de você. Hoje. Talvez só hoje.
Às vezes não sei te ler.
Inundas minha mente constantemente.
Vejo você em tudo e tudo em você.
Caso de amor, autor-leitor.
Mas ainda assim, cansei de você. (só um pouco talvez)
Enquanto vejo portas pra entrar, escolho nenhuma e todas.
Sinto-me cobrada e também abandonada.
Ó paixão incômoda, convicção insuportável de ser.
Quero ser assim e ponto.
Quando não quero: tento, mudo.
mas quando quero, outros não querem.
Sempre há aquele que sugere o que não quero ser.
Inclusive ouço como não devo ser.
Mas sou. Não só quero, mas sou e ponto.
Talvez crucificada, eu serei. Uma herege talvez.
Talvez depois da morte, reconhecimento...ou não.

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