terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Esqueça o filtro solar e Acredite no conhecimento!

Eu sempre adorei o texto-vídeo "Filtro Solar", mas encontrei outro ainda mais bacana!!!


Detalhe: eu durmo por volta das 2h (sou mais inteligente?!) e sou gordinha!!! hahahaha

Sociologia da Educação - noções básicas!

Contexto histórico do surgimento da Sociologia

Os marcos históricos iniciais foram o Renascimento, onde Deus deixou de ser o centro das coisas e o Homem tomou seu lugar, sendo responsável pelos seus atos; e o Iluminismo, onde a razão passou a ser utilizada para a explicação dos fenômenos.

E os outros dois marcos foram a Revolução Francesa, resultando numa transformação política, com o fim do feudalismo e as formas de dominação impostas (liberdade, igualdade e fraternidade) com apoio da ‘massa’, ainda que após sua conquista tenha reprimido essa mesma massa com o sistema capitalista. Resulta numa educação dual (trabalhador – pública e elite – privada); e a Revolução Industrial, resultando numa transformação econômica, com a revolução tecnológica e onde o ‘servo’ poderia vender sua força de trabalho para quem interessar. Resulta numa educação instrumental, funcional, preocupada em formar força de trabalho.

Neste sentido, a Sociologia nasceu a partir destes conflitos e tensões, procurando dar respostas aos problemas causados por todos estes conflitos e mudanças, tornando a Sociedade Moderna Ocidental o objeto privilegiado desta ciência. Alguns pensadores pioneiros se debruçaram sobre estes acontecimentos e elaboraram conceitos e teorias com base nos estudos dessa sociedade transformada.

Augusto Comte foi um dos primeiros a pensar sobre o caos da Revolução Francesa e fundou a ‘ciência da sociedade’, a atual sociologia. Influenciado por idéias positivistas, que considera a ciência como único lugar legítimo para explicar a realidade, utilizando-se dos métodos das ciências naturais para explicação de fenômenos, estudou quais seriam as ‘leis’ que operavam na realidade social para que pudessem ser melhoradas.

Elaborou 3 teorias para o progresso do conhecimento da sociedade: 1. Estado teleológico (explicações místicas para os fenômenos); 2. Estado Metafísico (explicações a partir de entidades absolutas para os fenômenos - natureza) e 3. Estado positivo (explicações racionais e científicas para os fenômenos). Este último estado seria o estado civilizado, o ideal e âpice do desenvolvimento humano, portanto para ele, as sociedades tribais para evoluírem deveriam tornar-se industrializadas e se apropriar das tecnologias.

Ícones do Século XIX – a sociologia e a educação

Émile Durkheim foi discípulo de Comte e acreditava que os indivíduos nasciam numa sociedade ‘pronta’ com relações sociais já estabelecidas. Acreditava no funcionalismo, onde a sociedade se dividia em ‘órgãos’, e cada instituição cumpria um papel e todos dependiam de todos. “Somos o que somos porque a sociedade nos fez assim!”. Para manter a sociedade em harmonia, as regras, normas, condutas e padrões deveriam ser transmitidos de geração para geração. E quando algo desarmoniza a sociedade, são causados por ‘anomias’, eventos que a sociedade ainda não tem controle, nem prevenção, como é o caso atual do terrorismo, gerando medo, insegurança e caos, ou seja, uma ‘doença social’ ou o conflito como algo nocivo. Foi o pensador que mais se preocupou em escrever e pensar sobre educação, principalmente como instituição responsável pela socialização.

Karl Marx, diferente de Durkheim, desenvolveu um pensamento sobre a sociologia para explicá-la e transformá-la socialista, dando uma esfera política para ela. “Sociedade como é e como deveria ser!” Acreditava que o sistema capitalista era explorador e contraditório, já que a busca de alguns por lucro comprometia a sobrevivência de outros. “A felicidade de um dependia da exploração do outro.” Ele achava que isso precisava ser superado e defendia uma tomada de consciência, onde a sociedade privada deveria ser abolida, assim como o trabalho assalariado, resultando numa sociedade sem classes, mas autônoma, autoconsciente, trabalhadora manual e intelectual, ou seja, todos ‘completos’ e onde ‘tudo é de todos’! Para ele, o conflito era o grande elemento de transformação e para transformá-la seria preciso conhecê-la. No contexto da educação, acreditava que poderia ser para perpetuar a dominação e alienar o proletariado, se continuamente organizada por classes dominantes (burguesia), ou para emancipar o indivíduo, se reinvindicada e transformada por classes dominadas (proletários), no intuito de esclarecer e permitir a disseminação do saber para poder participar da vida política da sociedade, ‘bagunçando’ essa visão consumista e mecânica de existir apenas como força de trabalho. Educação ideal seria aquela que forma um indivíduo que saiba e aplique seu conhecimento e saber!

Max Weber tinha uma visão pessimista e diferente de Durkheim e Marx, pois o homem havia se tornado racional demais e a busca por explicações lógicas e científicas eliminaram a crença do místico, mágico e divino, aprisionando a sociedade às ciências e às burocracias, gerando individualismos. “O sonho da razão produz monstros!” (analogia do homem moderno ao pássaro na gaiola) Para ele a sociedade ‘busca se manter como é’ e para compreendê-la seria preciso estudar o indivíduo, mas sem poder transformá-la. Neste sentido, a educação seria apenas uma forma de perpetuar este sistema, preocupada em instrumentalizar e racionalizar o homem.

Ícones do Século XX – a sociologia e a educação

Bourdieu e o poder reprodutor dos processos educacionais – sofreu influência dos pensamentos de Durkheim, mas sempre com uma visão crítica ou reflexiva. Ao considerar que a sociedade deveria educar as gerações novas a partir de suas regras, normas, condutas e padrões, estaria também ‘infiltrando’ uma estrutura social ‘vigente’, no caso do capitalismo, reproduzindo uma sociedade desigual de geração para geração. As gerações novas continuariam agindo de acordo com o sistema imposto, sem perceber, acreditando ter autonomia em suas escolhas e decisões.

Gramsci e o pensamento pedagógico socialista - influenciado pelos pensamentos de Marx, acreditava numa escola que trabalhasse a capacidade humana intelectual e manual, unindo também a capacidade crítica e criativa. Em seus escritos sugeriu uma escola ‘para todos’, igualitária, democrática, pública, aberta e única, onde em 3 fases se ensinaria a cultura geral; a criatividade, autodisciplina e autonomia; e especialização. Para ele era importante transformar o senso comum em consciência crítica, reflexiva e filósofica. E o resultado desta educação seria um homem ‘intelectual orgânico’, que é aquele que repassa seu saber para outros, socializando seu conhecimento, e também age, atua, participa, ensina, organiza e conduz a construção de uma nova cultura e visão de mundo, diferente dos intelectuais presos às teorias e distantes da prática.

Mannheim e a ‘educação sadia’ - influenciado pelo pensamento de Weber, acreditava numa educação sadia e transformadora, que desenvolvesse valores democráticos e solidários a partir do desenvolvimento intelectual e cultural. Diferente do pessimismo de Weber, ele acreditava na educação como uma forma de mudança e intervenção social. Através dela seria possível resgatar a autonomia, autoconsciência e o caráter emancipador da racionalidade. Seu foco era na juventude, que ainda permanecia com uma visão de mundo aberta e portanto, com a possibilidade de ser revolucionária.

Referência

REIS, Marilise Luiza Martins dos. Sociologia da educação: caderno didático / Marilise Luiza Martins dos Reis ; design instrucional Ana Cláudia Taú – Florianópolis : UDESC/CEAD, 2011. 

Escola sem paredes!



Em tempos onde todos se perguntam 'qual a educação do futuro'?! Começar a refletir sobre a estrutura física das escolas, já seria um bom começo! 

Inspiradas numa educação rígida  e tradicional de décadas atrás, onde o objetivo era conquistar disciplina e obediência dos alunos, as salas de aulas contavam com janelas altas, sem visão para rua, para concentrar a atenção no professor, paredes brancas e limpas, carteiras enfileiradas e disposição dos móveis de forma padronizada e limitada entre 4 paredes. Mais opressor impossível!! Estes espaços, ainda tão presentes, poderiam estar (ou já estão) com os dias contados, não?!


Se vivemos numa Era tecnológica inédita, com desapego cada vez maior da relações físicas e presenciais, compartilhando conhecimento via rede e aprendizado precoce de crianças e adolescentes, por que as escolas continuam mantendo suas estruturas físicas entre 4 paredes, ao invés de superar limites e expandir fronteiras, começando pelo contato físico e presencial?!

Se alguém ainda duvida que isso não seja possível, confira essa matéria super bacana de uma escola sem paredes e sua proposta pedagógica inovadora!!


Matéria original aqui!

por Niege Borges



A Vittra Telefonplan, em Stockholm, é uma escola sem paredes. O seu design foi feito de acordo com os princípios da Swedish Free School Organization Vittra, que não acredita em salas de aula. Ao invés de fileiras de mesas, existem grandes sofás, mesas de picnic e outros espaços coletivos. 

O local não é totalmente sem paredes, existem algumas salas fechadas (as que precisam de isolamento de som, por exemplo) e alguns móveis que funcionam como um recanto de estudos e são altos o suficiente para funcionar como paredes. A designer responsável, Rosan Bosch, acredita que espaços diferenciados permitem que as crianças aprendam do jeito delas, pois diferentes cenários de aprendizagem são criados. (via Co.Design)


 

Pausa necessária 2...

Faz bastante tempo que não posto neste blog, mas às vezes precisamos nos afastar de algumas prioridades para redescobrí-las e reinventá-las em nossas vidas!!


Estudei menos do que gostaria neste verão, mas relaxei mais do que esperava. Novas mudanças, novos horizontes, novas descobertas...

Faltam cerca de 7 meses para os 2 anos do mestrado se encerrarem e ainda falta bastante coisa pra finalizar, mas a sensação já é de tarefa cumprida, por estar conseguindo conciliar a nova vida de casada, num apê todo novo, com novas experiências e desejos pessoais, com o esforço e dedicação acadêmico e profissional!


Se engana aquele que acha que passar tardes lendo livros é tudo que é necessário para fazer um bom mestrado. Viver também é fundamental! Se afastar da sala de aula para estudar, observar a relação das mães-amigas com seus filhos em fase de desenvolvimento, ler matérias de revistas especializadas ou não, estudar a base da educação em disciplinas do curso de Pedagogia,  ver filmes, escrever sobre tudo e todos, esvaziar a mente, lutar por uma vida mais saudável, assistir televisão, afastar-se dos estudos e retornar renovada!

 

Fazer mestrado (estar fazendo) pra mim nunca foi apenas conseguir um título e nunca representou apenas um degrau na vida profissional. Fazer mestrado é o desejo de continuar estudando e circulando em espaços onde as pessoas querem discutir, melhorar, transformar, crescer... É um lugar que entramos de salto alto e saímos de rasteirinha, porque quanto mais se estuda, mais se quer estudar e mais se sabe que não se sabe nada ou se sabe muito pouco...

Fazer mestrado mudou minha vida, minha visão de mundo e de alguma forma, tudo isso se reflete em novos hábitos, novas amizades, novas ideias e reflexões sobre quem se é e quem se quer ser nesse mundo!

Pausas são necessárias....mas retornar também é bom demais! =)